O Beagle é reconhecido como um dos mais antigos ‘sabujos’, cães rastreadores desenvolvidos exclusivamente para a caça, destacando-se na caça a coelhos e lebres. Historiadores acreditam que o Beagle tenha sido desenvolvido a partir de antigas linhagens de cães sabujos levados para a Inglaterra no século XI; outros afirmam que o Beagle chegou à Inglaterra apenas 4 séculos mais tarde.
De qualquer forma, foi a partir do século XVI que os Beagles começaram a proliferar entre os caçadores ingleses, sendo que a própria Rainha Elizabeth I era dona de uma grande matilha de Beagles, na ocasião um nome genérico utilizado para designar cães com determinadas características como: tamanho reduzido, predisposição natural para a caça na qual deveriam seguir o rastro das lebres.
Foi apenas no início deste século que as entidades inglesas conseguiram definir o padrão uniforme desejado para a raça. A primeira exposição organizada pelo Beagle Club inglês após a publicação do padrão realizou-se em 1896.
A partir daquele momento e até o início da Primeira Guerra Mundial, a criação de Beagles expandiu-se não só na Inglaterra como em toda a Europa e chegou aos Estados Unidos, país que impulsionou de maneira efetiva a recuperação do plantel europeu após a Segunda Guerra, quando muitos criadores eram obrigados a contar com os cães americanos para poder retomar a criação.
Mas talvez a melhor ‘propaganda’ para o Beagle tenha sido a criação do personagem Snoopy, que fez sua primeira aparição nos quadrinhos em outubro de 1950. A partir dali, o Beagle conquistou o mundo.
Personalidade
O Beagle, desenvolvido para a caça em matilha, é um cão dócil, muito sociável, afável com crianças e extremamente ativo. Por estas razões é uma raça, que precisa de espaço para exercitar-se.

Por causa de seu tamanho relativamente pequeno (o exemplar de padrão inglês pode medir até 40 cm de altura de cernelha, enquanto que o americano fica entre 33 e 38 cm) e de sua pelagem curta, muitas pessoas passaram a escolher os beagles como cães de ‘companhia’, levadas, especialmente, pelo ar ‘angelical’ dos filhotes.
No entanto, ao contrário de muitas raças que adaptaram-se facilmente ao sofá, o Beagle mantém muitas de suas características de caçador e por causa disso, adquiriram uma grande fama quanto à sua ‘insubordinação’ e ‘teimosa’. Segundo o psicólogo Stanley Coren, em seu livro "A Inteligência dos Cães" o Beagle ocupa a 72a posição entre as 135 raças pesquisadas, o que sinaliza a importância de um trabalho sério e cotidiano do dono para conquistar a obediência desejada. Por isso, além de paciência, disposição e pulso firme são as qualidades essenciais para um dono de Beagle.

Por ter sido desenvolvido para a caça em matilhas, o Beagle não é recomendado para pessoas que trabalham fora, porque não suporta bem a solidão, podendo transformar-se num grande destruidor de móveis e jardins. Outra atitude bastante comum no Beagle quando sozinho são os latidos, extremamente característicos da raça (quase um uivo) e que originalmente eram utilizados para sinalizar a posição da caça e da matilha.

Cores
Os Beagles possuem algumas variações quanto à marcação, mas qualquer que seja a combinação do corpo, a ponta da cauda é, obrigatoriamente, branca. Essa exigência é ainda fruto de sua atividade original, uma vez que essa característica facilitava sua visualização pelo caçador durante as caçadas.
Os Beagles mais comuns são os tricolores, com a combinação de preto, branco e o avelã. São aceitos também Beagles bicolores, como os que apresentam o manto branco com marcações em avelã ou pretos. Entre os tricolores, existem ainda os malhados, sendo que neste caso, as três cores se encontram mais difusas.
Problemas comuns a raça
Um dos principais cuidados que o dono de um Beagle precisa ter é com a comida, já que são extremamente gulosos e apresentam tendência à obesidade.
Outro tipo de problema característico da raça é a propensão a apresentar problemas de pele, como eczemas e alergias.
O Beagle é também suscetível a desenvolver problemas na glândula da terceira pálpebra, conhecida como glândula de Harder, e que consiste em uma "bolinha" vermelha ao lado do olho do cão. Este tipo de problema é facilmente corrigido através de cirurgia.
Outro problema menos freqüente, é o Beagle Tail, que atinge mais cães com a base da cauda grossa. O Beagle Tail é uma inflamação das glândulas anais, que forma uma dobra entre o ânus e a cauda, abafando o local e gerando inflamação. É tratado com drenagem da glândula, curativos anti-sépticos e pomadas antinflamatórias com antibióticos.
Matéria extraída do site www.dogstime.com.br/beagle
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